PROTECTOR – A entrevista com Martin Missy, o vocalista da banda (1987 – 1989).
F. Roberto: Antes de começar a falar dos PROTECTOR, fala-me um pouco de ti, estás com que idade? Qual a tua data de nascimento? Qual a tua profissão? Casado? Filhos?
MARTIN: Eu, nasci a 2 de Novembro de 1968 na cidade Alemã, Saarbrücken, faço este ano 40 anos. Actualmente estou a residir na Suécia, trabalho num Posto Alemão do Turismo, não sou casado mas tenho namorada e (ainda) não tenho filhos.
F. Roberto: Actualmente moras na Suécia mas tu és Alemão, certo? Qual ou quais foram os motivos que te levaram a mudar de país?
MARTIN: O meu pai é Alemão mas a minha mãe é Sueca. Em 1995 eu despedi-me do banco Alemão onde trabalhava em Wolfsburg e regressei ao meu país natal. Não tive qualquer razão especial para o fazer, apenas queria fazer algo de novo.
F. Roberto: Que outras experiências musicais tiveste antes de entrares para os PROTECTOR?
MARTIN: Não foram muitas. Em 1985, cantei num projecto chamado GOLGOTHA e em 1986 cantei numa banda de Speed Metal chamada INZEST. Em ambos os projectos, nós nunca tocámos ao vivo, nem nunca gravámos qualquer tipo de realização, pelo menos durante o tempo em que permaneci em ambas as bandas.
F. Roberto: Fala-me um pouco do contrato que a banda conseguiu com a vossa editora “Atom-H”, gostaria de saber exactamente que tipo de contrato a editora vos ofereceu, pode ser?
MARTIN: Eu já não me lembro bem dos termos do contrato mas lembro-me que nunca recebemos muito dinheiro. Eu penso que nós nunca lemos o contrato porque nunca nos preocupámos com o seu conteúdo. Nós confiámos na Editora “Atom H” porque a única coisa que queríamos era gravar as nossas músicas.
F. Roberto: Diz-me uma coisa, o dono da editora “Atom-H” é o tipo (Jürgen Engler) do projecto KRUPPS que inclusive já lançou um CD com covers dos METALLICA?
MARTIN: Sim, é esse mesmo. Se não me falha a memória ele começou o projecto THE KRUPPS no início de 1980 como um grupo pop experimental de sintetizadores.Para além de trabalhar com a Editora ele formou esse projecto e virou-se mais para o industrial tal como tu podes ouvir na cover feita por ele dos METALLICA para o CD “A Tribute to Metallica”.
F. Roberto: Quem é que, (actualmente) tem os direitos sobre o nome e as músicas dos PROTECTOR? E quem é que ficou com as DAT’s das gravações dos álbuns originais?
MARTIN: Ninguém na banda tem. Há uns anos atrás, eu perguntei ao Carlos Reuter que foi quem orientou a banda nos últimos 3-4 anos, (actualmente a trabalhar para a Editora “Century Media”), se ele sabia quem tinha essas DAT’s e ele disse-me que não sabia quem as tinha ou seja desapareceram.
F. Roberto: Os PROTECTOR foram uma banda conhecida em todo o mundo, qual é a sensação de tocar numa banda com tão grande projecção?
MARTIN: Naquela altura os PROTECTOR não eram tão conhecidos como são agora. Pelo menos essa é a sensação que eu tenho. Nos anos ’80 nós estava-mos na sombra dos SODOM, KREATOR e DESTRUCTION. Os PROTECTOR acabaram em 1994 e depois disso muitos headbangers fartaram-se do Heavy Metal moderno e começaram à procura de bandas antigas, penso que foi desta forma que actualmente os PROTECTOR ganharam bem mais adeptos.
F. Roberto: Os PROTECTOR ainda continuam no activo? Ou cessarão definitivamente as suas actividades?
MARTIN: O único membro que decidiu retomar os PROTECTOR foi o baterista Marco Pape. Pelo menos no início deste novo milénio a banda ainda não tinha tocado ao vivo ou gravado alguma nova realização.
F. Roberto: Tens mantido contacto com os antigos membros dos PROTECTOR?
MARTIN: Eu não mantive qualquer contacto com os membros da banda durante a década de 90. No início do novo milénio, criei uma página dedicada à banda,( www.protector-of-death.com ), e voltei a contactar com todos os membros fundadores da banda. Trocámos E-mails e quando estive em Wolfsburg tentei visitá-los.
F. Roberto: A banda tentou novamente relançar-se em 2000 com a edição da demo “Ressurected”, chagas-te a ouvir essas músicas?
MARTIN: Eu penso que é uma boa realização mas não tem comparação ao som antigo da banda. Todas as gerações têm diferentes ideias da música e esta talvez seja a versão 2000 dos PROTECTOR. Eu nunca me importei que o Marco continuasse com o nome da banda.
F. Roberto: Nessa demo reparei que eles inclusive retiraram o pentagrama do logo, isso demonstrou que a banda quebrou definitivamente com qualquer tendência com o lado negro do Metal, certo?
MARTIN: Não faço ideia, nunca falei sobre esse assunto com o Marco.
F. Roberto: Quais são os álbuns dos PROTECTOR que só existem em vinil?
MARTIN: Que eu tenha conhecimento o único album dos PROTECTOR que só foi lançado em vinil foi o “Misanthropy”.
F. Roberto: Tens muitas gravações em Áudio e Vídeo dos tempos em que tiveste nos PROTECTOR? Será que alguma delas tem qualidade suficiente com que possa ser lançada em CD ou DVD?
MARTIN: As poucas gravações que eu tenho em audio e video não têm boa qualidade para serem postas à venda sob o formato de CD ou de DVD.
F. Roberto: Durante aqueles dois primeiros anos em que estiveste na banda (87-89) certamente que vocês deviam receber toneladas de cartas, respondiam a todas essas cartas? Qual o elemento da banda que tomava conta da correspondência?
MARTIN: Bem, nós recebemos algumas cartas, talvez uma a duas cartas por dia. Que eu me lembro nós respondemos a todas as cartas. Quem respondia a todas as cartas era mesmo eu porque era o membro da banda que melhor dominava o Inglês.
F. Roberto: Actualmente és o vocalista dos RUINS OF TIME, uma banda que contempla elementos muito jovens, o que sente um músico como tu que já tocou numa grande banda ao tocar com elementos tão jovens como são os de RUINS OF TIME?
MARTIN: Eu cantei nos RUINS OF TIME entre 2001 e 2003. Eu já não cantava numa banda há uns anos por isso senti-me muito feliz por fazer parte de uma outra banda, sabendo que os meus gostos musicais, mais direccionados para o Thrash serem completamente diferentes dos RUINS OF TIME.
F. Roberto: Actualmente és membro dos PHIDION, TALION e MARTIN MISSY & THE PROTECTORS, como é que um músico arranja tempo para tocar em 3 bandas?
MARTIN: Sim, desde 2004 eu canto em dois grupos aqui em Estocolmo, nos TALION (http://www.listen.to/talion) e nos PHIDION (http://www.phidion.tk). A banda de covers dos PROTECTOR (http:// www.myspace.com/theprotectorsswe) é um projecto que eu tenho com uns tipos da cidade de Uddevalla (Suécia). Nós tocamos algumas vezes na Alemanha, Suécia e Noruega. Actualmente é porreiro tocar em três bandas até porque os TALION e os PHIDION raramente tocam ao vivo.
F. Roberto: Fala-me um pouco mais sobre o projecto MARTIN MISSY & THE PROTECTOR. Vocês só tocam mesmo as músicas dos PROTECTOR ou tocam mais alguma cover?
MARTIN: Nós apenas tocamos covers dos PROTECTOR. No início ainda tocámos uma cover dos SODOM mas já há muito tempo que não tocamos essa cover.
F. Roberto: Conheces algumas bandas Portuguesas antigas da década de 80? Já estiveste alguma vez em Portugal?
MARTIN: Lamento, mas eu não conheço nenhuma banda Portuguesa. Eu nunca estive em Portugal e será muito difícil viajar até Portugal até porque eu tenho pavor de andar de avião.
F. Roberto: Para terminar, queres deixar alguma mensagem para os Metálicos Portugueses?
MARTIN: Eu, nasci a 2 de Novembro de 1968 na cidade Alemã, Saarbrücken, faço este ano 40 anos. Actualmente estou a residir na Suécia, trabalho num Posto Alemão do Turismo, não sou casado mas tenho namorada e (ainda) não tenho filhos.
F. Roberto: Actualmente moras na Suécia mas tu és Alemão, certo? Qual ou quais foram os motivos que te levaram a mudar de país?
MARTIN: O meu pai é Alemão mas a minha mãe é Sueca. Em 1995 eu despedi-me do banco Alemão onde trabalhava em Wolfsburg e regressei ao meu país natal. Não tive qualquer razão especial para o fazer, apenas queria fazer algo de novo.
F. Roberto: Que outras experiências musicais tiveste antes de entrares para os PROTECTOR?
MARTIN: Não foram muitas. Em 1985, cantei num projecto chamado GOLGOTHA e em 1986 cantei numa banda de Speed Metal chamada INZEST. Em ambos os projectos, nós nunca tocámos ao vivo, nem nunca gravámos qualquer tipo de realização, pelo menos durante o tempo em que permaneci em ambas as bandas.
F. Roberto: Fala-me um pouco do contrato que a banda conseguiu com a vossa editora “Atom-H”, gostaria de saber exactamente que tipo de contrato a editora vos ofereceu, pode ser?
MARTIN: Eu já não me lembro bem dos termos do contrato mas lembro-me que nunca recebemos muito dinheiro. Eu penso que nós nunca lemos o contrato porque nunca nos preocupámos com o seu conteúdo. Nós confiámos na Editora “Atom H” porque a única coisa que queríamos era gravar as nossas músicas.
F. Roberto: Diz-me uma coisa, o dono da editora “Atom-H” é o tipo (Jürgen Engler) do projecto KRUPPS que inclusive já lançou um CD com covers dos METALLICA?
MARTIN: Sim, é esse mesmo. Se não me falha a memória ele começou o projecto THE KRUPPS no início de 1980 como um grupo pop experimental de sintetizadores.Para além de trabalhar com a Editora ele formou esse projecto e virou-se mais para o industrial tal como tu podes ouvir na cover feita por ele dos METALLICA para o CD “A Tribute to Metallica”.
F. Roberto: Quem é que, (actualmente) tem os direitos sobre o nome e as músicas dos PROTECTOR? E quem é que ficou com as DAT’s das gravações dos álbuns originais?
MARTIN: Ninguém na banda tem. Há uns anos atrás, eu perguntei ao Carlos Reuter que foi quem orientou a banda nos últimos 3-4 anos, (actualmente a trabalhar para a Editora “Century Media”), se ele sabia quem tinha essas DAT’s e ele disse-me que não sabia quem as tinha ou seja desapareceram.
F. Roberto: Os PROTECTOR foram uma banda conhecida em todo o mundo, qual é a sensação de tocar numa banda com tão grande projecção?
MARTIN: Naquela altura os PROTECTOR não eram tão conhecidos como são agora. Pelo menos essa é a sensação que eu tenho. Nos anos ’80 nós estava-mos na sombra dos SODOM, KREATOR e DESTRUCTION. Os PROTECTOR acabaram em 1994 e depois disso muitos headbangers fartaram-se do Heavy Metal moderno e começaram à procura de bandas antigas, penso que foi desta forma que actualmente os PROTECTOR ganharam bem mais adeptos.
F. Roberto: Os PROTECTOR ainda continuam no activo? Ou cessarão definitivamente as suas actividades?
MARTIN: O único membro que decidiu retomar os PROTECTOR foi o baterista Marco Pape. Pelo menos no início deste novo milénio a banda ainda não tinha tocado ao vivo ou gravado alguma nova realização.
F. Roberto: Tens mantido contacto com os antigos membros dos PROTECTOR?
MARTIN: Eu não mantive qualquer contacto com os membros da banda durante a década de 90. No início do novo milénio, criei uma página dedicada à banda,( www.protector-of-death.com ), e voltei a contactar com todos os membros fundadores da banda. Trocámos E-mails e quando estive em Wolfsburg tentei visitá-los.
F. Roberto: A banda tentou novamente relançar-se em 2000 com a edição da demo “Ressurected”, chagas-te a ouvir essas músicas?
MARTIN: Eu penso que é uma boa realização mas não tem comparação ao som antigo da banda. Todas as gerações têm diferentes ideias da música e esta talvez seja a versão 2000 dos PROTECTOR. Eu nunca me importei que o Marco continuasse com o nome da banda.
F. Roberto: Nessa demo reparei que eles inclusive retiraram o pentagrama do logo, isso demonstrou que a banda quebrou definitivamente com qualquer tendência com o lado negro do Metal, certo?
MARTIN: Não faço ideia, nunca falei sobre esse assunto com o Marco.
F. Roberto: Quais são os álbuns dos PROTECTOR que só existem em vinil?
MARTIN: Que eu tenha conhecimento o único album dos PROTECTOR que só foi lançado em vinil foi o “Misanthropy”.
F. Roberto: Tens muitas gravações em Áudio e Vídeo dos tempos em que tiveste nos PROTECTOR? Será que alguma delas tem qualidade suficiente com que possa ser lançada em CD ou DVD?
MARTIN: As poucas gravações que eu tenho em audio e video não têm boa qualidade para serem postas à venda sob o formato de CD ou de DVD.
F. Roberto: Durante aqueles dois primeiros anos em que estiveste na banda (87-89) certamente que vocês deviam receber toneladas de cartas, respondiam a todas essas cartas? Qual o elemento da banda que tomava conta da correspondência?
MARTIN: Bem, nós recebemos algumas cartas, talvez uma a duas cartas por dia. Que eu me lembro nós respondemos a todas as cartas. Quem respondia a todas as cartas era mesmo eu porque era o membro da banda que melhor dominava o Inglês.
F. Roberto: Actualmente és o vocalista dos RUINS OF TIME, uma banda que contempla elementos muito jovens, o que sente um músico como tu que já tocou numa grande banda ao tocar com elementos tão jovens como são os de RUINS OF TIME?
MARTIN: Eu cantei nos RUINS OF TIME entre 2001 e 2003. Eu já não cantava numa banda há uns anos por isso senti-me muito feliz por fazer parte de uma outra banda, sabendo que os meus gostos musicais, mais direccionados para o Thrash serem completamente diferentes dos RUINS OF TIME.
F. Roberto: Actualmente és membro dos PHIDION, TALION e MARTIN MISSY & THE PROTECTORS, como é que um músico arranja tempo para tocar em 3 bandas?
MARTIN: Sim, desde 2004 eu canto em dois grupos aqui em Estocolmo, nos TALION (http://www.listen.to/talion) e nos PHIDION (http://www.phidion.tk). A banda de covers dos PROTECTOR (http:// www.myspace.com/theprotectorsswe) é um projecto que eu tenho com uns tipos da cidade de Uddevalla (Suécia). Nós tocamos algumas vezes na Alemanha, Suécia e Noruega. Actualmente é porreiro tocar em três bandas até porque os TALION e os PHIDION raramente tocam ao vivo.
F. Roberto: Fala-me um pouco mais sobre o projecto MARTIN MISSY & THE PROTECTOR. Vocês só tocam mesmo as músicas dos PROTECTOR ou tocam mais alguma cover?
MARTIN: Nós apenas tocamos covers dos PROTECTOR. No início ainda tocámos uma cover dos SODOM mas já há muito tempo que não tocamos essa cover.
F. Roberto: Conheces algumas bandas Portuguesas antigas da década de 80? Já estiveste alguma vez em Portugal?
MARTIN: Lamento, mas eu não conheço nenhuma banda Portuguesa. Eu nunca estive em Portugal e será muito difícil viajar até Portugal até porque eu tenho pavor de andar de avião.
F. Roberto: Para terminar, queres deixar alguma mensagem para os Metálicos Portugueses?
MARTIN: Mantenham-se no Metal e nunca esqueçam o espírito dos anos ’80.
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